quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do professor

Dia do Professor

No dia dedicado a homenagear os professores, vale a pena tomar emprestado um trecho do livro de Bartolomeu Campos de Queirós “Ler, escrever e fazer conta de cabeça”, no qual um menino do interior de Minas relembra pessoas, lugares, fatos e sentimentos de uma fase importante de sua vida. Dona Maria Campos ocupa um espaço especial trazendo à sua memória emoções, sensações e aprendizados que o acompanharam ao longo da vida. Com certeza, milhões de brasileiros também guardam lembranças semelhantes de muitos de seus professores.

“A professora gostava de vestido branco, como os anjos de maio. Carregava sempre um lenço dobrado dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro. Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício, e de mesa em mesa ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra! ... Redonda, fácil de decifrar, sem sair da linha, como se aprendida depois do horizonte.

Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia não saber e aprendia outra vez. Na hora da chamada, o silêncio ficava mais vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”. Cada um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava sua presença e recebia mais uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai. Queria ter mais nome, para ela me chamar mais tempo.

O giz, em sua mão, mais parecia um pedaço de varinha mágica de fada, explicando os mistérios. E, se economizava o quadro, para caber todo o ponto, nós também aproveitávamos bem as margens do caderno, escrevendo nas beiradinhas das folhas. Não acertando os deveres, Dona Maria elogiava a letra, o raciocínio, , o capricho, o aproveitamento do caderno. A gente era educado para saber ser com orgulho. Assim, a nota baixa não trazia tanta tristeza.

Em sua mesa, coberta de toalha, sempre descansava um vaso com flores. Colhíamos na estrada e levávamos de presente aquela fala colorida da natureza. Se primavera ou depois das chuvas, tantas eram as flores que, o fim da aula, Dona Maria Campos mandava pequenos buquês para nossas mães, junto com um abraço ......

Nas aulas de poesia, Dona Maria caprichava. Abria o caderno, e não só lia poemas, mas escrevia fundo em nosso pensamento as idéias mais eternas. Ninguém suspirava, com medo de a poesia ir embora: Olavo Bilac, Gabriela Mistral, Alvarenga Peixoto e “Toc, toc, tamanquinhos”. Outras vezes declamava poemas de um poeta chamado Anônimo. Ele escrevia sobre tudo, mas a professora não falava de onde vinha nem onde tinha nascido. E a poesia ficava mais indecifrável.”

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fontes:
Site www.diadoprofessor.com.br
Site www.unigente.com

A importância da interação dos professores com as famílias de seus alunos

Estudos nacionais e internacionais encontraram evidências de que a participação das famílias influencia o desempenho acadêmico dos estudantes:

- pais e familiares sentem-se valorizados e passam a acompanhar mais de perto os filhos: aproximam-se da escola, ajudando a aprimorar os mecanismos de gestão democrática da escola pública;
- professores sentem-se fortalecidos na posição de orientadores dos alunos: passam a conhecê-los mais e a contar com a família para a solução de problemas

Aproximação escola-família e conhecimento de suas realidades ajuda a escola a:
- Rever as práticas pedagógicas pensando na diversidade dos alunos;
- Promover a articulação das políticas educacionais com políticas setoriais para apoio integral às famílias.

Como favorecer a parceria família/escola:
-Entender os alunos como parte de um contexto social e familiar inalienável às condições de aprendizagem e, portanto: conhecer e entender sua realidade social e familiar (Situações mais vulneráveis, recursos disponíveis em cada grupo familiar);
-Estabelecer formas específicas de interação, reconhecendo as diferenças entre eles e o direito de cada um a ser ouvido com atenção.
- Marcar reuniões de pais em horários favoráveis à sua participação;
- Transformar as reuniões em momentos de troca de experiências sobre o desenvolvimento dos alunos ( pais apontam a dificuldade de acesso e compreensão das informações passadas, gerando inibição a expressar o que pensam agravada pela dificuldade de comunicação verbal);
- Incentivar os pais e responsáveis a acompanharem em casa a vida das crianças e jovens, garantindo a disciplina para o estudo diário, a realização do dever de casa, o desenvolvimento do hábito da leitura, e a assiduidade e pontualidade nas aulas;
- Divulgar os resultados alcançados pela escola, em especial o IDEB, as metas a serem buscadas e informar as medidas que estão sendo adotadas para atingi-las;

Isso significa que dados educacionais e programas para melhorar a situação da escola precisam ser conhecidos e compartilhados: IDEB, taxas de fluxo, PDE-Escola, PAR do município etc. Os dados e programas educacionais acessando:
http://www.mec.gov.br/
http://www.inep.gov.br/
http://www.fnde.gov.br/
familiaeducadora.blogspot.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Oficina de Mobilização na Bahia dias 29 e 30 de setembro 2009




A Mobilização Social pela Educação na Bahia teve o prazer de organizar uma oficina de Mobilizadores no Estado da Bahia na cidade de Salvador,formando mobilizadores de diversos municipios baianos.
A oficina contou com a presença de diversos segmentos da sociedade,professores,secretários de educação,religiosos(padres, pastores e leigos),Defensores públicos.
Na Oficina conseguimos formar o Comitê de mobilização Estadual e ficou firmado entre os membros do comitê que cada grupo ficaria responsável de formar um comitê em seu municipio de origem.
Com a coordenação da Professora Lelia Andrea Borges que deu inicio ao trabalho de Mobilização no estado da Bahia,a oficina contou com a participação também de um aluno do curso de Sociologia da FTC que contribuiu bastante com intervenções positivas ao desenvolvimento do plano no Estado.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Quais as nossas responsabilidades religiosas?!

Hoje fiquei pensando em como somos egoístas...
mesquinhos e até mesmo vazios em nossa conduta.
As nossas responsabilidades devem ser as mesmas que Cristo teve e nós nem ao menos pensamos nisso,estamos preocupados com nossa formação,nossa vida,nosso trabalho e olhamos apenas para o nosso umbigo,sem perceber a quantidade de seres humanos que precisam de nós...Que gritam por socorro e nós passamos e fingimos não ver.
Olho em volta e observo que ficamos letárgicos diante de tantas atrocidades e infelizmente acabamos por ver como uma coisa natural.
NÃO É NATURAL...É DEVASTADOR...DESUMANO...IRRESPONSÁVEL!!!
E nós cristãos estamos fazendo o que?!
Vamos a nossas igrejas sentamos nos bancos e nem se quer nos preocupamos em quem passa lá fora,não vemos as necessidades de quem grita por socorro em meio a uma multidão que cheia com suas preocupações nem percebe que alguem ao lado grita,durante a semana chegamos em casa,entramos,fechamos nossas portas nos defendendo das maldades do mundo e defendendo os nossos mas cadê a RESPONSABILIDADE CRISTÃ?!
Difícil de encontrar não é?!
Quem de nós não sofre desse egoísmo devastador que nos consome?!
Será que não...será que algum de nós está mesmo preocupado com o mundo de miséria que está ai ou estamos preocupados com o valor que entrará em nosso bolso num final de mês trabalhado...Obrigada pela atenção isso é apenas um desabafo meu,creio que como educadora e pessoa cristã devo estar atenta a essa realidade.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ultimas Noticias

Nos últimos dias temos tido as mais diversificadas noticias,algumas com maior repercussão,outras com repercussão quase insignificativa...O que me preocupa que as de repercussão pouco significativa é que deviam ter maior enfase,são as grandes catástrofes da sociedade mundial,aqui no Brasil por exemplo os dados de violência são alarmantes,mas no decorrer das ultimas semanas vimos muito a comemoração de aniversario do Rei Roberto Carlos (ícone da MPB),concordo com as comemorações,não concordo é com a força que teve...Pois acredito que temos problemas muito graves a ser resolvidos,morte de crianças inocentes,de mulheres e de adolescentes devido ao trafico de drogas,a a banalização da VIDA que me assusta e que deteriora toda forma de principio e valor adquiridos.
Com repercussão internacional a Morte de Michael Jackson também ícone do POP,deu ibope a maioria das redes de televisão de nosso país,chorou-se muito a morte desse ídolo de uma geração.Continuo não criticando deveríamos mesmo dar enfase ao falecimento dele,mas também temos mortes que precisam ser lembradas,nossos familiares,nossos amigos e outros que sofrem com a violência gerada pela desigualdade social que assola o mundo.
Essas são as nossas ultimas noticias...

terça-feira, 2 de junho de 2009

A vida é um jogo

Imaginem a vida como um jogo, no qual vocês fazem malabarismo com cinco bolas que lançam ao ar. Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.
O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima.
Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. Entendam isso e busquem o equilíbrio na vida. Como?
- Não diminuam seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
- Não fixem seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só vocês estão em condições de escolher o que é melhor para vocês próprios.
- Dêem valor e respeitem as coisas mais queridas aos seus corações. Apeguem-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.
- Não deixem que a vida escorra entre os dedos por viverem no passado ou no futuro. Se viverem um dia de cada vez, viverão todos os dias de suas vidas.
- Não desistam quando ainda são capazes de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
- Não temam admitir que não são perfeitos. Não temam enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.
- Não excluam o amor de suas vidas dizendo que não se pode encontrá-lo. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.
- Não corram tanto pela vida a ponto de esquecerem onde estiveram e para onde vão.
- Não tenham medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente.
- Não usem imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se podem recuperar.
- A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.
Lembrem-se: ontem é história; amanhã é mistério e hoje é uma dádiva.
Por isso se chama "presente".

Essa é a grande Lição que a Vida nos dá todos os dias...ao acordar pela manhã agradeça por mais um dia em sua caminhada pois vida é dadiva e dadiva é para ser vivida...Esse texto não é meu mas ensina muito.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Plano de Mobilização na IPU de Itapagipe


No dia 31 de janeiro de 2009,estive em reunião com membros da IPU de Itapagipe para apresentar o plano de Mobilização pela educação nas igrejas cristãs,foi muito proveitosa a apresentação,fiquei muito feliz com a receptividade do grupo que apesar de pequeno contribuiu bastante com intervenções,buscando participar mais ativamente do processo...Aliás Educação é um tema enfatico hoje em toda sociedade,essencialmente nas igrejas,então a comunidade mostrou-se bastante participava com intervenções bem atuais sobre o plano,discutimos a cartilha e vimos que em nosso dia-a-dia esse fator ocorre diariamente ou quase diariamente e discutimos ainda a ausencia da familia na vida escolar da criança e do adolescente.

Vimos que isso é gritante em toda sociedade,por necessidade dos pais de manter o lar.

Foi excelente o trabalho nessa comunidade,vamos continuar o processo em outras comunidades cristãs aqui em Salvador-Bahia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Plano de Mobilização de Igrejas Cristãs pela Educação

PLANO DE MOBILIZAÇÃO DE IGREJAS CRISTÃS PELA EDUCAÇÃO
O Plano de Mobilização de Igrejas Cristãs pela Educação foi elaborado por igrejas cristãs representadas por suas entidades (Conselho Latino Americano de Igrejas - CLAI, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB e Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC), visando a definir uma estratégia de mobilização social pela educação. Participam desse esforço, também, o Compromisso Todos pela Educação e a Unesco.

O Plano de Ação resultante dessa estratégia aponta o público-alvo a ser mobilizado prioritariamente, os agentes mobilizadores (ou multiplicadores), os meios a serem utilizados e os principais pontos a serem enfatizados na mobilização.A proposta tem como fundamentos os direitos humanos, a cidadania, a ética, a inclusão e a tolerância.
ATORES-CHAVE PARA A MOBILIZAÇÃO
Lideranças- Instituições educacionais- Entidades representativas de Igrejas- Voluntários.
PÚBLICO A SER MOBILIZADO- Famílias e responsáveis- Lideranças comunitárias
PONTOS A SEREM ENFATIZADOS NA MOBILIZAÇÃO
O Plano de Mobilização tomou como referência as diretrizes do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 2007 pelo Ministério da Educação. Elas expressam as boas práticas encontradas em escolas e redes públicas de aprendizagem nas quais os alunos apresentam bom desempenho.Com base nessas diretrizes, foram relacionadas ações e atividades que poderiam ser implementadas, essencialmente de duas formas:2.1. Dialogar com a comunidade e refletir sobre os temas relevantes para a promoção da educação:Ø despertando a consciência comunidade sobre o compromisso social na afirmação do direito à educação de qualidade;Ø reafirmando o papel de cada pessoa como protagonista dessa agenda na comunidade onde vive, com amigos, vizinhos, associação de moradores, empregados/as e outros atores locais;Ø utilizando os momentos de contato para:- Falar sobre o papel da família na educação dos filhos, mostrando a importância da educação (aprender para a vida);- Reunir as forças da comunidade para um compromisso sócio-interativo no processo educacional;- Estimular a solidariedade para dar ênfase aos sinais de vida; e- Mostrar que a construção da identidade só se dá na relação com o outro.2.2. Promover ações de fortalecimento da educação,Ø realizando atividades que contribuam para fortalecer a educação e melhorar sua qualidade, na perspectiva de garantir a todos os brasileiros acesso, permanência e conclusão com sucesso em sua trajetória educacional. Essas atividades podem ter diferentes formas e momentos, expressando-se, por exemplo, em campanhas de conscientização, trabalho voluntário que aproxime a escola da comunidade, formação de multiplicadores, reuniões, pregações em missas, cultos e celebrações, entre outras.
Linda Goulard
Fonte: Blog da Mobilização

LINKS RELACIONADOS:
FAMÍLIA EDUCADORATODOS PELA EDUCAÇÃO
BLOG DA MOBILIZAÇÃO PELA EDUCAÇÃO

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Educar é tambem aprender...

Quando falamos em Educar geralmente pensamos apenas em uma parte do processo educacional, se somos professores nos reduzimos apenas a sala de aula, ensinar a disciplina que nos é atribuída... Educar é diferente de ensinar, educar é ensinar vida, ensinar uma leitura diferenciada de mundo... Ultimamente tenho lido muito sobre educação social e trabalhado sob essa perspectiva, o que me assusta ainda é a questão de que a família tem se preocupado muito em dar uma boa escola a seu filho e esquecido dos valores de outrora, hoje a inversão de valores, ou mesmo a falta destes, faz com que a criança e o adolescente tenha uma certa segurança em oposição aos pais e educadores... Esquecemos, ou não sabemos utilizar os "não" na hora certa, determinantemente, isso faz com que o educador (seja pai, professor ou mesmo aquela pessoa que toma conta perca totalmente o poder persuasivo que lhe era originário).
Li recentemente um livro da Tânia Zagury em que ela faz um desabafo gritante:


"Gente,Cansei!"
'Cansei de ouvir falar em direitos das crianças e jovens(eles tem direitos,é claro.Mas,mesmo assim cansei,porque não se fala com a mesma ênfase e frequência dos deveres das crianças e dos adolescentes).Também cansei de ouvir pessoas__muitas das quais sem filhos (isto quer dizer,nunca "caminharam com nossas sandálias") acusando,culpando, levantando suspeitas sobre as ações dos pais!Como se,diária e voluntariamente,estivessem os pais,não se desdobrando como vejo,para fazer o melhor possível(ainda que ninguém seja perfeito,e erre ás vezes na medida)mas,por algum desígnio inexplicável,cometendo erros atrás de erros,felizes da vida...'




É interessante que hoje existe estatuto da Criança e Adolescente,mas,não existe um estatuto escrito para os pais,eu li certa feita um texto que falava sobre a palmada que a criança leva da mãe por uma traquinagem,e estavam elaborando uma lei que proibisse tal ação,mas que mal há na mãe ou pai que dê uma palmada em seu filho para que ele perceba que está errado já que apenas explicar não adianta fazer o errado?quem de nós em nossa geração não levou uma palmada ou mesmo uma surra será que somos menos pessoas (seres humanos)por isso?

Hoje me assusta pensar em ser mãe pois os valores mudaram tanto que nem sei se no contexto atual vale a pena participar da maternidade...Aliás hoje há visivelmente uma quebra de valores...



Lelia Andrea Borges dos Santos...(Teóloga,educadora e consultora Educacional)